Na passada terça-feira tive a oportunidade de ir assistir à ante-estreia do filme Under the Skin de Jonathan Glazer, benditos passatempos que me permitem ir ao cinema, quando concorri não vi o trailer e como falavam na Scarlett Johansson eu pensei que ia ver outro filme. Como nestas ante-estreias há sempre uma apresentação para fazer o enquadramento do filme e uma das coisas que falavam era que a Scarlett era um alien, ok, vi que estava enganada, levei a minha filha como companhia e que por acaso até sabia ao que ia.
O filme é muito diferente, estranho até, poucos diálogos, com planos das paisagens da Escócia lindíssimos, houve alturas principalmente no início em que mais parecia que estava a ver uma instalação de video-arte no CCB, a banda sonora ajuda muito no filme e algo que também nunca tinha ouvido, uma Scarlett como nunca vi a desempenhar um papel tenso e muito longe das personagens habituais. Não é um filme para todas as pessoas e a mostrar isso foi numa sala completamente cheia foram alguns os que abandonaram a sala no primeiro quarto de hora do inicio do filme e depois para a ultima parte do filme, não compreendo.
Para quem goste de cinema e de fugir aos blockbusters recomendo.
Uma das coisas boas de levar a minha filha a ver este tipo de cinema é a abertura a coisas diferentes, a ter mais sensibilidade e apreciar outro tipo de estética a mesma coisa que vamos aprendendo quando vemos uma exposição ou andamos por um museu. Ela não saiu de lá a amar o filme mas aprendeu algo novo.
Outra coisa neste filme é a nudez da Scarlett Johansson, ela aparece nua, de lado, de costas, de frente, mas uma nudez natural, não consigo explicar melhor que isto, tão natural que eu vi uma mulher normal, uma mulher como eu, salvando as devidas distâncias, uma mulher na sua essência sem esconder defeitos, muito longe das capas de revista e só por isso ainda lhe dou mais valor e apreço.