Desde o final do ano passado que ando numa psicóloga, a falta de aceitação e a revolta que me consumiam levaram a que aceitasse a ajuda que o serviço nacional de saúde dispõem. Foi a atitude mais sensata que podia ter tomado, porque os meus limites estavam prestes a ser ultrapassados, eu conseguia ver isso mas ainda bem que os médicos/enfermeiros também o viram, porque por minha iniciativa não sei se o teria feito.
O facto de me expor perante alguém que não conheço pode ser ser, e por vezes até é, intimidativo, mas passada a barreira encontrei o outro eu, que estava enterrado, que muitas vezes foi calado e pisado.
O psicólogo está lá para nos ouvir sem juízo de valores e quando verbalizamos o que nos vai na alma as peças encaixam, percebemos, valorizamos, entendemos por nós próprios porque no fundo ouvi-mo-nos, posto assim até é fácil, e sim estou bastante melhor.
Agora é canalizar a energia para os próximos dias e acreditar que tudo vai correr bem porque não pode ser de outra maneira.