A morte terá um lado bom?
Não, nunca tem, mas...
Ontem quando soube da morte de Angélico, fiquei sensibilizada e ainda para mais com uma teen em casa que até gostava dele, mais propriamente do trabalho dos D'zrt e foi dessa forma que até fomos a um concerto deles.
Mas o que me levou a escrever este post foi o facto de ontem ouvir que os pais consentiram a doação de órgãos, segundo a legislação portuguesa todos somos potenciais dadores, para não o sermos temos de nos inscrever no Registo Nacional de Não Dadores e em caso de menores os pais podem não consentir essa doação.
Hoje a minha filha está viva, mas porque um rapaz com dezoito anos faleceu há 15 anos de uma forma parecida com esta, a única informação que nos foi dada, e o facto de ser dador permitiu salvar a minha filha e provavelmente outras crianças.
É duro escrever isto, mas volta e meia penso nele e na dor daqueles pais, enquanto eles sabiam que o filho morrera eu recebia um telefonema de esperança e alegria
Neste momento de dor os pais e a família não conseguirão pensar em mais nada, mas do outro lado haverá vidas que serão salvas.
4 comentários:
Pois, compreendo...Mas acredito que a morte n tenha um lado bom, neste caso a doação de órgãos minimizou o sofrimento de outros. Por exemplo, alguém é despedido, logo há mais um lugar e alguém vai concorrer fica. Se não fosse o despedimento do antecessor n tinha trabalho, mas n significa que o despedimento seja bom...
Finalmente alguém que fala sobre o caso sem ser para tecer comentários pouco dignos!
Também gostei de saber que foi feita colheita de órgãos - que a morte dele seja a esperança de vida de alguém.
Não consegui conter as lágrimas... QUE VERDADE!!!!
Querida Dudu, muito bom este teu texto. Nunca tinha visto, as coisas por esse prisma. Deixaste-me a pensar...
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