terça-feira, fevereiro 02, 2010

Um amor platónico,

A propósito de um programa que estava a ver, abriu-se aquela gaveta lá no fundo há muito fechada. Eu tinha para aí uns 9 anos, ele uns 14, quando começou e terminou lá para os 13.
Eh lá, posto assim foi muito tempo.
Eram os cadernos, os livros cheios de coraçõezitos com setas, o meu nome de um lado e o dele do outro.
Só o facto de passar ao pé dele, era uma alegria. O estar no autocarro... mais corações...quando ele falava para mim..."sai-me da frente"...era uma excitação, atrasava ou acelerava o passo consoante a sua pressa, ele não ligava nenhuma o meu culminar do dia era quando ele ficava em casa e eu seguia por mais uns minutos para a minha...a voar.
Mas o episódio mais marcante foi quando deixei cair o cachecol laranja em forma de tubo que eu própria tinha feito e ele me chamou pelo nome e mo deu...Ah loucura!!
Como acabou?
Não me lembro...

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